terça-feira, 9 de abril de 2013

BREVE BIOGRAFIA
 


AMÁCIO MAZZAROPI


Mazzaropi nasceu no bairro de Santa Cecília, em São Paulo. Aos 14 anos, deixou a casa paterna, à revelia dos pais, para acompanhar o Circo La Paz. Para isso contou com a ajuda do do faquir Ferris, que alterou a idade do garoto no documento de identidade. Viajando pelo interior do país, teve a idéia de fazer o papel de caipira. Em 1935, criou a sua Companhia de Teatro de Emergência, que atuava no chamado Pavilhão Mazzaropi, um barracão de zinco que montava e desmontava.

Depois, criou a Trupe Mazzaropi, com repertório fixo. Em 1946, foi contratado pela Rádio Tupi do Rio de Janeiro, onde trabalhou no programa "Rancho Alegre", dirigido por Cassiano Gabus Mendes.

Convidado pela Vera Cruz, em 1951, fez seu primeiro filme: "Sai da Frente". Em 1958, com recursos próprios, comprou uma fazenda em Taubaté e montou a Produções Amácio Mazzaropi - Pam Filmes. O primeiro filme que fez foi "Chofer de Praça".

No ano seguinte, com "Jeca Tatu", encarnando o personagem criado por Monteiro Lobato, o típico caipira de calças pula-brejo, paletó apertado, camisa xadrez e botinas, conquistou a maior bilheteria do cinema nacional. O sucesso persistiu nas décadas de 1960 e 1970.

Ao todo, Mazzaropi fez 32 longas-metragens, contando histórias que abordavam o racismo, a religião, a política e até a ecologia, com simplicidade e bom humor, falando "a língua do povo", para o povo que o adorava. Mesmo sendo considerado superficial pela crítica e pela elite intelectual, deixou uma marca indelével na cultura nacional. Seus
filmes ainda atraem o público no interior do país e são encontráveis em vídeo e DVD.


FILMES INTERPRETADOS POR MAZZAROPI

Foram os seguintes os filmes interpretados por Mazzaropi: "Sai da Frente" (1951), "Nadando em Dinheiro" (1952), "Candinho" (1953), "O Gato da Madame" (1954), "A Carrocinha" (1955), "Fuzileiro do Amor" (1955), "O Noivo da Girafa" (1956), "Chico Fumaça" (1956), "Chofer de Praça" (1958), "Jeca Tatu" (1959), "As Aventuras de Pedro Malazartes" (1959), "Zé do Periquito" (1960), "Tristezas do Jeca" (1961), "O Vendedor de Linguiça" (1961), "Casinha Pequenina" (1962), "O Lamparina" (1963), "Meu Japão Brasileiro" (1964), "O Puritano da Rua Augusta" (1965), "O Corintiano" (1966), "O Jeca e a Freira" (1967), "No Paraíso das Solteironas" (1968), "Uma Pistola para Djeca" (1969).


Do primeiro filme até o último, "O Jeca e a Égua Milagrosa", Mazzaropi atuou somente como ator até "Chico Fumaça". Depois, já a partir de "Chofer de Praça", em 1959, além de ser o intérprete principal em todas as suas comédias rurais, ele passou a acumular também as funções de produtor, roteirista ou argumentista, colaborando frequentemente com os seus diretores.

Nos anos 70, Mazzaropi interpretou alguns filmes que satirizavam grandes sucessos comerciais de Hollywood, fazendo "Jeca Macumbeiro", "Portugal Minha Saudade", "O Grande Xerife", "Jeca, um Fofoqueiro no Céu", "Jeca Contra o Capeta", satira a "O Exorcista", "Um Caipira em Bariloche" e, por último, "O Jeca e a Égua Milagrosa".

Quase sempre ignorado pelos intelectuais, que apenas começaram a aceitar a existência desse cinema popularesco — o filme rural, caipira ou que seja, feito tanto por Mazzaropi quanto por Teixeirinha, no Sul — depois que um dos mais badalados homens do cinema brasileiro, Nelson Pereira dos Santos, fez "A Estrada da Vida", com a dupla Milionário e Zé Rico, Mazzaropi sempre tinha, pronta, uma resposta para a aversão, que tinham por ele e por suas comédias:
"O zé povinho sabe bem o que quer, e o reflexo disso são os recordes de bilheteria de meus filmes, que são chamados de fitinhas e não vão a festivais. A crítica, no começo, me arrasava, agora silencia. Alguns críticos nem mencionam meus filmes nas indicações, como se não existisse. Mas há uma coisa que ninguém pode negar: pouca gente contribuiu tanto para o cinema brasileiro quanto eu e o meu Jeca."




Um comentário:

  1. Tive a Honrra de trabalhar nessa Unidade Educacional por 10 anos no período de 1991 à 2002, foi um prazer imenso, um grupo de professores excelente um quadro de Agente Escolar , Dona Faustina (Tina) uma pessoa de Coração imenso, o Agente de Vigilancia Hercules, o Sr. Dirceu. Olha superamos as dificuldades da época, ajudei a montar a casa de bonecas, faz tempo heim. Foi muito bom. Marcelo Bezerra.

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